quinta-feira, 24 de julho de 2008

o vale das bonecas


" Quando se sobe ao monte Everest nada é fácil. Dá-se um passo de cada vez, sem nunca olhar para trás e com os olhos postos no cume. Anne escalava o monte e o ar era revigorante e maravilhoso, mesmo que em cada segundo a crise parecesse iminente, isso fazia parte do viver, não era apenas observar dos bastidores."
Boa leitura!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

o SABER não ocupa lugar...



Ela pode não ser um exemplo de comportamento, mas que o look de Amy Winehouse, com aquele topete enooorme e delineador puxadíssimo é divertido, isso é.
Este vídeo , feito pela Ford Models Tv, mostra o cabeleireiro da agência de modelos a fazer o topete, numa versão mais contida e até usável. O segredo? Ele coloca um enchimento de cabelo para dar o volume necessário. Ah! E a Amy, que usará ela?!!!

domingo, 13 de julho de 2008

que acham


de escrever qualquer coisa sobre a HORA DA PONTA?!! eh eh eh

quinta-feira, 10 de julho de 2008

hora de ponta




Olhe lá tenha cuidado com essa mala que já me rompeu uma meia olha aquele cabrão a passar com o vermelho e então o meu chefe disse basicamente é uma coisa que nos entra casa adentro e não vejo que se possa escapar-lhe a mulher já te disse é um bocado burra duzentos milhões de anos passam num abrir e fechar de olhos o que chateia nos sapatos novos é isto se não bebo já um café adormeço em pé olha rimei agora só faltava era descobrirem que o Elvis não morreu já não suporto estas mulheres todas todos os dias acordo com tesão o problema do futebol quer queiram quer não é a bola o melhor é irmos beber uma cerveja e Francisca não é mulher para mim limito-me a olhar e a pensar a hora da Coca-Cola e os tipos das obras em frente nesta mensagem ela diz que tem saudades de mim e agora o que é que eu faço? Dá deus os dentes a quem não tem as nozes NY ida e volta por cinquenta contos fiz um upgrade à minha máquina agora está uma bomba mas quando é que o gajo deixa de olhar para a minhas pernas? Nunca sei se tenho de olhar para a esquerda ou para a direita milena essa nunca a conheci agora não sei se hei-de ir do lado da sombra ou do sol o rio assim com estas ondas todas assusta-me um bocado e o meu chefe que é burro que nem uma porta disse Teresa também eu bem a vejo morena mas ela disfarça sempre não é que me importe muito com o que possam pensar de mim cruzes canhoto não me digas uma coisa dessas há três anos que não sou aumentado essa fulana já me irrita e nunca gostei dos filmes dela logo vais lá acima beber um copo ou quê? Com vocês não se aprende nada o que é que eu podia fazer não é preciso empurrar que eu tenho gasolina vê lá se depois não te arrependes olha intriguista como aquilo nunca vi e o que é que o teu pai diz a isso? Por mim eram todos recambiados lá prá terra deles que eu nessas coisas da sorte e do azar não acredito quanto apostas? Viste o jogo ontem? Eu sempre disse que o Carlos não era homem para ela tens um cigarro? Detesto andar sem lenços de papel ó pá já viste aquela gaja ali? Gente assim nem pintada e eu disse meninos assim não vamos a lado nenhum e tu já sabes bem como são estas coisas vai aqui dentro um pivete se me apanho de férias até digo que é mentira tu sabes lá o que me aconteceu o meu chefe disse-me hoje uma coisa que me ia passando continua a parecer-me que isso é um problema conjuntural tens um perfume novo ou não és tu? Não há razão nenhuma para fechar a loja em Agosto e o que eu lhe perguntei foi porque é que não põem um relógio de ponto? A Rita anda a dormir com ele ou julgas que eu sou parva? O estômago não pára de me doer no sábado apanhei um pifo que ainda estou zonzo estiveram lá uns tipos do sindicato eu já não acredito em nada do que eles dizem é pá ainda é cedo vamos ali tomar um copo então não vê que isto é uma passadeira há vinte anos que apanho este autocarro as coisas dantes eram muito diferentes sete vezes nove é quanto? Irreverência é outra coisa eu por mim esses gajos só pendurados numa árvore deve ter a mania que é engraçadinho por causa de uns pagam os outros está um calor que não se pode quem me disse até foi a minha filha que elas são colegas e tudo da maneira como isto está já não sei não a Rute essa ainda sonho com a mamas dela o meu chefe é que está sempre a dizer se tens vergonha vou lá eu arranjas-me uns trocos? E sabes que mais deixei de fumar não sei se estás a ver a Paula aquela boca dela punha-me maluco que isto sem disciplina não vai lá hoje esqueci-me do chapéu encharquei-me todo o árbitro é que teve a culpa isto hoje não vai a abanar de mais nem nada? Quatro pilhas seis euros uma coisa é certa não se fazem omeletas sem partir ovos o que essa malta não quer é trabalhar não vejo porque é que hei-de fazer o que não quero às vezes ainda me lembro da Luísa amanhã vou faltar tenho de ir com o puto ao médico olha o casamento é uma carta fechada já a minha mãe dizia e depois é sempre a mesma coisa no próximo fim-de-semana tenho de ir a casa dos meus sogros o tipo não é capaz de falar sem mentir e olha que há coisas bem piores há três anos que não sei o que são férias mas porque é que não me deixam em paz? Já me passaram coisinhas tão boas pelas mãos para mim é pão-pão queijo-queijo posso é telefonar-te mais tarde isso não se faz a ninguém a mulher tem cá uns ciúmes que até dá dó e o que é que tem eu estar de amarelo? Se não queres mais fica se há coisa que eu detesto é trabalhar com gente irresponsável via-se-lhe as mamas todas o irmão dela morreu de overdose e ela devagar se vai ao longe o tanas o meu bilhete? Sei lá onde é que o meti pois bem dito bem feito no dia a seguir lá estava ela isto quem vê um vê-os a todos esta comprei-a nos saldos e depois o que é que isso me interessa? Há muitas maneiras de matar pulgas aparece lá dia sim dia não então estão bonzinhos? Se há coisa que me irrita é estarem sempre a dizer-me então o meu chefe voltou-se para ele e disse ó pá esses gajos falam muito mas acertam pouco mas vais comprar casa aonde? Eu de música não percebo nada se a estupidez pagasse imposto até que enfim estava a ver que se tinham perdido e depois eu é que sou estúpido eu nem queria lá ir mas ele insistiu tanto porque nem todos nós somos iguais de se lhe tirar o chapéu juro falta-me o cheiro do sexo dela quer chova quer faça sol tens de ir ver este filme não tens TV cabo? Uma doença de que não sei o nome e a sorte deles foi que não estava a chover nós não sabemos para o que estamos guardados deixa-me da mão já me estás a irritar grandes filhos da puta não vês o que o teu filho está a fazer? Se houvesse ali um buraco no chão tinha-me enfiado nele o que o meu chefe diz sempre é está tudo pela hora da morte o que os outros pensam não me interessa ainda não tinha estado tanto frio a mim tanto se me dá como se me deu se bem que depois as coisas possam dar para o torto então não é que me cagou um pombo em cima? O melhor é não ligar a pele dela pernas acima por dentro da saia nem num número acertei deves julgar que eu sou parvo pagas um e levas dois isso para mim é tudo treta porque é que julgas que não lhe telefonei? Aquilo até me pareceu esquisito então não é que o meu chefe se virou para mim e disse mas o que é que me interessa o que o teu chefe disse? Porque é que não te despes? O teu chefe rançoso e pequenino que é encornado pela mulher, disse-te que te queria ir ao cu? Eu ia, ó Teresa Paula Luísa Fernanda, eu só para não te ouvir mais ponho este auscultador no ouvido esquerdo, e este no ouvido direito, carrego na tecla que diz PLAY...

quinta-feira, 3 de julho de 2008

de 3 a 27 de Julho


A FESTA é a primeira criação resultante do projecto Estúdios. Este espectáculo tem origem em três workshops dirigidos pelo realizador português João Canijo, pelos directores artísticos da companhia norte-americana Nature Theatre of Oklahoma, Pavol Liska e Kelly Copper, e pelo coreógrafo congolês Faustin Linyekula. Ao longo destes workshops, a equipa artística deste espectáculo explorou diversos processos de trabalho e desenvolveu vários fragmentos de uma obra teatral dedicada ao tema da “festa”. De seguida, autores e actores fundiram as suas experiências anteriores, encontrando a sua própria forma de criarem um espectáculo sobre este tema, que é um convite não só à invenção, mas também à celebração.
Baptizados, casamentos, aniversários e até funerais. Festas de Natal, de Ano Novo e feriados populares. Festas de empresa, festas de escola, celebrações de vitórias desportivas, bélicas, eleitorais, etc. As festas são também momentos performativos, onde se repetem gestos, rituais, assumindo-se personagens. Nas festas, podemos observar a natureza humana na sua faceta mais teatral.
A FESTA é também uma noção essencial na História do Teatro. Foi em festas, tanto nos palácios das cortes como nas celebrações populares, que nasceram muitas das obras mais marcantes da dramaturgia universal. A pergunta que queremos lançar é: que festa podemos hoje fazer num teatro? Que pode o teatro celebrar? Pode o teatro, ele próprio, ser ainda uma festa?

Espectáculo integrado no Festival de Almada 2008.

ESTÚDIOS é um projecto de formação e criação de teatro, culminando sempre na criação e exibição de um novo espectáculo.
Todos os anos, realizar-se-ão workshops e master classes dirigidos por alguns dos mais inovadores criadores e teóricos nacionais e internacionais, dedicados sobretudo à escrita para teatro e ao trabalho de actor, mas estendendo-se também aos vários sectores da criação teatral. Numa segunda fase do projecto, os autores e actores que participaram nos workshops irão criar um espectáculo que será exibido no Teatro Maria Matos.
Numa perspectiva de promover cruzamento programático ao nível da nova dramaturgia portuguesa, o vencedor do Prémio Maria Matos será convidado a integrar a equipa deste projecto.
Todos os anos, Estúdios dedica-se a um tema, que servirá de mote aos workshops e à criação do espectáculo. Na edição de 2008, esse tema é A FESTA.


criação colectiva texto Filipe Homem Fonseca, Nelson Guerreiro e Tiago Rodrigues interpretação Cátia Pinheiro, Cláudia Gaiolas, Joaquim Horta, Marcello Urgeghe, Rita Blanco, Tiago Rodrigues e Tónan Quito cenário e desenho de luz Thomas Walgrave produção, adereços e fotografia Magda Bizarro assistente de produção e adereços Moirika Reker produção Mundo Perfeito e Teatro Maria Matos em co-produção com Festival de Almada 2008, Alkantara Festival, CAPa e Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão 2008 M/12